Steven Shafer diz que Conrad Murray estava numa realidade farmacológica imaginária
A última sessão do julgamento do médico de Michael Jackson deixou Conrad Murray de rastos no que à sua competência clínica respeita. O depoimento do perito em anestesia Steven Shafer considerou que Murray estava completamente «alheado» sobre o que era o Propofol (o fármaco responsável pela morte do Rei da Pop); e ainda que o procedimento médico no geral é indesculpável.Conrad Murray declara-se inocente em relação à acusação de homicídio involuntário de que é alvo.Steven Shafer é um especialista em Anestesiologia e foi um dos responsáveis pela bula do Propofol. O professor da Universidade de Columbia disse que o fármaco nunca devia ter sido usado para tratar a insónia e que Murray cometeu 17 violações flagrantes ao administrá-lo ao cantor, como relata a BBC.Shafer disse que Murray não soube responder quando Michael Jackson deixou de respirar, mas quase não teve palavras para comentar o período que se demorou a chamar os serviços de emergência médica (911): «Eu quase que nem sei o que dizer. É total e completamente indesculpável.»O especialista em anestesia atestou que Murray «não fazia ideia» do que era ter aquele fármaco como ajuda para dormir. «Isto é estarmos numa realidade farmacológica imaginária, ter-se feito algo a Michael Jackson e a nenhuma outra pessoa na história, que eu tenha conhecimento», afirmou Shafer perante o júri.Murray foi acusado pelo académico de se comportar como um «empregado» obediente de Michael Jackson e não como seu médico: «Dizer sim não é o que fazem os médicos.» «Um médico competente sabe que não se faz isto», reforçou Shafer, que deverá ser a última testemunha da acusação.
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